Polícia resgata trabalhadores mantidos em condições análogas à escravidão em Guarulhos (SP)
Na quinta-feira (5), em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, ocorreu o resgate de dois indivíduos que estavam submetidos a condições de trabalho desumanas em uma fábrica de processamento de plástico.
De acordo com informações da Polícia Civil, os trabalhadores estavam sujeitos a situações equivalentes à escravidão. A investigação revelou que esses dois homens eram mantidos confinados dentro das instalações da empresa, onde eram expostos à inalação de fumaça tóxica. Saiba mais!
Resgate de trabalhadores em condições desumanas em empresa de processamento de plástico
A equipe policial conseguiu acessar os trabalhadores apenas após forçar a entrada e neutralizar um cão de guarda que estava presente. O proprietário do estabelecimento se encontra atualmente foragido.
A intervenção ocorreu por iniciativa dos agentes da 3ª Delegacia de Patrimônio, especializada em investigações relacionadas a crimes contra órgãos e serviços públicos, enquanto estavam cumprindo um mandado de busca e apreensão nas instalações da empresa, localizada na rua Maria Paula Mota, no bairro Jardim Presidente Dutra. A investigação original era relacionada a furto de energia elétrica.
O responsável pelo local trancou os trabalhadores dentro da empresa e as janelas estavam equipadas com barras de ferro, tornando-as semelhantes a grades. As vítimas não tinham acesso às chaves para sair. Elas estavam escondidas em meio a pilhas de resíduos plásticos. Além disso, os trabalhadores não dispunham de equipamentos de segurança adequados, apesar de estarem lidando com materiais tóxicos.
Uma inspeção adicional revelou que a empresa não possuía extintores de incêndio em funcionamento, todos estavam armazenados de forma inadequada em um corredor e já haviam expirado. Além disso, as condições de higiene nos banheiros e na cozinha eram deficientes, pois não atendem aos padrões necessários.
Para identificar o mecanismo utilizado no furto de energia elétrica, técnicos de uma empresa de fornecimento de eletricidade utilizaram sondas especiais. O local foi preservado para permitir a realização da perícia necessária. A busca pelo proprietário da empresa continua em andamento.
Imagem: Reprodução/G1