Na pesquisa Custo de Vida 2023, feita pela empresa de consultoria Mercer, São Paulo lidera a lista nacional como uma das mais caras para se viver. A capital paulista ocupa a 152ª posição no ranking global e a 12ª na América Latina, com um aumento de 16 posições em relação ao ano passado.
Além dela, outras quatro cidades brasileiras aparecem como mais caras em comparação ao ano anterior: Rio de Janeiro (171 no ranking global), Brasília (188), Manaus (196) e Belo Horizonte (199).
O ranking da Mercer abrange 227 cidades ao redor do mundo, em cinco continentes, e visa calcular o custo de vida para profissionais expatriados, ou seja, aqueles que trabalham fora de seu país de origem. Mais de 200 itens, divididos em 10 categorias, são analisados, incluindo habitação, transporte, alimentação, vestuário, utensílios domésticos e entretenimento.
Entenda como funciona
Inaê Machado, líder de mobilidade da Mercer para a América Latina, destaca que a movimentação das cidades no ranking é resultado de diversos fatores, não apenas dos preços dos produtos em uma única localidade, pois essa pesquisa possui uma abordagem global para calcular as diferenças de custo de vida.
Ela explica que a pesquisa se baseia em um padrão de gastos internacionais combinados cuja base comparativa é a cidade de Nova York. Dessa forma, o preço dos produtos, a inflação e o câmbio das cidades analisadas impactam diretamente o resultado e as movimentações das cidades no ranking.
Com base nessa análise, o ranking Custo de Vida 2023 destaca Hong Kong no topo, mantendo sua posição como a cidade mais cara do mundo. Singapura ocupa a segunda posição, enquanto a Suíça está representada por Zurique em 3º lugar.
Cidades mais caras do mundo
Analisando o ranking em panorama mundial, destacamos os dez primeiros colocados:
- Hong Kong;
- Singapura;
- Zurique;
- Genebra;
- Basel;
- Nova Iorque;
- Bern;
- Tel Aviv;
- Copenhague;
- Nassau.
Na América Latina, destacam-se San Juan (Porto Rico) em 1º lugar, Buenos Aires (Argentina) em 2º e Montevidéu (Uruguai) em 3º. O pódio é seguido por San Jose, Cidade do México, Santiago, Porto da Espanha, Kingston, Cidade da Guatemala e Cidade do Panamá.
Entre os destinos mais acessíveis para expatriados destaca-se Havana, em Cuba (225), que registrou uma queda de 83 posições, em parte devido à desvalorização significativa da moeda no ano passado. Outros dois destaques são do Paquistão — Karachi (226) e Islamabad (227) —, ambas com uma queda de três posições.
Imagem: Reprodução/Pixabay