Por que as empresas estão fazendo demissões em massa de funcionários? Entenda
O sentimento que paira sobre o mercado de tecnologia é de insegurança, uma vez que startups e grandes empresas vêm realizando demissões em massa, ou seja, quando o empregador suspende ou encerra o contrato de diversos funcionários ao mesmo tempo.
O começo desse ano foi marcado por uma sequência inédita dessas demissões em massa. Apenas nos últimos dois meses, o portal Layoffs Brasil registrou mais de 30 dispensas coletivas. No mundo, players como Google, Microsoft e Amazon também estão passando por situações parecidas.
Mas quais os motivos para tantas demissões em massa no Brasil e no mundo?
Entenda o porquê das empresas estarem dispensando seus funcionários coletivamente
Essa onda de demissões em massa é global e, para entendê-la, é fundamental retomar o ano de 2009, isto é, o período posterior ao colapso econômico mundial de 2008. Nesse momento do pós crise, foi frequente que os bancos centrais facilitassem o acesso ao crédito para grandes empresas.
A tentativa era evitar que elas fechassem as portas por conta da crise. No entanto, em 2020, chega a pandemia de covid-19 e com ela todo um cenário de insegurança que levou a uma diminuição do acesso ao crédito e a financiamentos.
A partir de um desamparo em que essas empresas se encontraram e ainda com o aumento da taxa de juros pelo mundo, visando segurar a inflação, começaram a surgir as primeiras demissões em massa. O que esses primeiros casos mostraram é que era possível funcionar com menos recursos e equipes.
Portanto, as antigas iniciativas de expansão, com a abertura massiva de novas vagas e muitos investimentos em novas equipes, foram sendo substituídas. A partir daí, o que se tornou comum foi a redução do quadro de funcionários para otimizar os gastos da empresa.
Ainda não se sabe se essas demissões em massa fazem parte de um dos ciclos de um mercado sempre em movimento ou se é uma configuração nova que veio para ficar. Assim, a natureza dessas dispensas coletivas seguem sendo alvo de debates.
Imagem: Reprodução / People Images